quinta-feira, 9 de agosto de 2012

MEU RETRATO
Pobre de mim!
Meu alicerce transformou em passarela remasterizada
Soterrando as raízes fixadas, me escravizando da modernidade
E as lembranças espalhadas pelos outdoors de minha ignorância.

O colorido remixado
O aborto espontâneo de um presente que vira passado
E ao renascer de mim e dos obstáculos vividos
Deixarei de ser vitima
As tragédias passarão a ser caminhos dinamitando o orgulho ferido.

Pobre de mim!
O trajeto a ser percorrido agora é outro,
O lamento de minha vida primeira.
Extraviado  caminho, silencia  de tal modo a  historia
O cenário ilumina a transparência do desfile
Onde solenemente flutua as passagens  e tradições de outras épocas.

Abraços,


Selma Mello

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