sexta-feira, 7 de junho de 2013



O artigo Idas e vindas da Escrita, publicado pela revista Na Ponta do Lápis e também aqui na Comunidade Virtual (acesse aqui), abriu caminho para discutir o trabalho de reescrita na sala de aula.
Encorajada pela leitura, uma professora de São Paulo nos escreveu contando sua experiência e pedindo ajuda para colocar a teoria em prática. Decidimos, então, aproveitar a oportunidade e ampliar a discussão, incentivando os colegas educadores de todo o Brasil, que participam da Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro, a darem sua contribuição. Afinal, esta é uma comunidade de educadores!
Temos a certeza que a agilidade e o alcance do espaço virtual ajudarão não só a professora, mas muitos outros educadores a encararem esse tipo de desafio, enfrentado por todos no cotidiano de trabalho com os alunos. É por esse motivo também, que vamos identificar a professora e o aluno apenas pelo primeiro nome. São eles, Ana e Gabriel.
Conheça o caso e dê a sua sugestão. O que você faria no lugar da professora Ana?

Mão na massa
Na turma do 8º ano B, a professora Ana pediu aos alunos que escrevessem uma crônica a partir de algum episódio ocorrido na sala de aula ou nas dependências da escola. A ideia é que as crônicas, depois de finalizadas, fossem divulgadas no blog criado pelo grupo.
A grande preocupação de Ana é tornar o processo de revisão dos textos mais instigante e menos árduo. Ela pensa em pedir a autorização de um aluno para utilizar seu texto em uma atividade de reflexão coletiva que norteará o aprimoramento.
Neste momento, a professora está preparando essa aula e tem em mãos a primeira versão do texto do aluno Gabriel, que apresenta questões que se repetem na produção da maioria dos alunos da classe. Ana precisa decidir que aspectos vai priorizar e que perguntas fará ao autor e ao grupo-classe para ajudá-los a identificar os principais ‘nós’ do texto e as alternativas para desatá-los.
O êxito da atividade depende, a partir de agora, da colaboração dos participantes da Comunidade Virtual.
Use o espaço de comentários para postar sua análise e compartilhar indicações. Estamos aguardando!
Regina Clara – Coordenadora da Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro


O texto do aluno Gabriel
A aula de Português terminara e nós tínhamos de ir para a aula de matemática. Ao entrar na sala, percebemos que o professor não havia chegado. Então, todos se sentaram e esperaram. O tempo passou... Cinco minutos, dez minutos, quinze minutos... e nada! De repente, algo atravessa a sala cortando o ar numa grande velocidade. Era um objeto estranho! Um aviãozinho de papel acertou uma cabeça. Foi aí que tudo começou...
O garoto atingido ficou bravo e jogou o aviãozinho longe com muita raiva. O aviãozinho, sem rumo, sem destino, acertou outra cabeça. Foi então que a primeira guerra escolar começou. Os alunos passaram a atirar de tudo: aviões, bolinhas de papel, borrachas e até giz. Foi aquela bagunça! Os alunos pulavam para um lado e depois para o outro, abaixavam e gritavam coisas como:
- Agora você vai ver, Fábio!
- Abaixa, João!
- Não faz isso, Felipe...
- Fernando, passa sua mochila! Vou fazer uma trincheira!
- Antônio, não me acerta, por favor!
Era uma bagunça só, parecia não ter fim até que... Alguém grita:
- A professora tá vindo!
Todos saem correndo para seus lugares e, em pouco tempo, tudo parece ótimo. A professora pergunta:
- Cadê o professor?
E os alunos respondem:
- Não veio!
Então ela diz que vai chamar alguém para ficar com a gente. Ela sai e tudo fica quieto... A guerra havia terminado? Finalmente teríamos paz?
Uma bolinha que atravessa a sala responde a pergunta e começa a guerra novamente. Será que essa guerra será pior que a outra?
Os alunos continuam brincando sem medo do retorno da professora. Parecia que não podia piorar, mas piorou: um aluno achou uma caixa na mesa da professora que dentro continha várias letrinhas. Então tudo piorou. A guerra ficou tensa: Era papel para lá, letra para cá, uma bagunça até a professora gritar:
- O que é isso?
Os papeis e as letrinhas pararam de voar até haver um silencio total. A professora estava uma fera. Alguns alunos começaram a recolher as letrinhas e a professora perguntou novamente o que estava acontecendo.
Então um aluno falou que havia começado uma guerra de papeis e letras. Era tanta letra no chão, com as letras perto de seu pé Fernando quase formou o alfabeto.
Bem, passos, um bom tempo catando as letras. Depois disso ficamos ouvindo os professores reclamarem, reclamarem até a aula acabar...
No final até que foi divertido!
FONTE : Revista Na Ponta do Lápis - Caderno olimpíadas de português

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