terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sequência Didática II


Competências:
• Ampliar a competência comunicativa do aluno.
• Utilizar diferentes linguagens e diferentes tipologias textuais.
• Demonstrar capacidade de reflexão sistemática sobre a língua e a linguagem....
Habilidades:
• Interpretar textos orais a partir de histórias ouvidas.
• Ler e reconhecer os diversos gêneros textuais no contexto social.
• Emitir opinião e fazer comentários pessoais.
• Conhecer o alfabeto e a representação escrita de cada letra identificando-as na
formação da palavra.
• Reescrever textos lidos e ouvidos identificando os diferentes tipos de letra.
• Compreender o valor sonoro das letras (grafemas/fonemas).
• Reconhecer que a escrita é composta de símbolos e sinais diferentes.
• Compreender que a escrita se dá da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Conteúdos:
• Produção de diversos genros textuais.
• Atividades reflexivas de produção textual – reescrita e autocorreção de texto.
• Direção e alinhamento da escrita na página.
• Segmentação das palavras no texto.
• Diferenciação das formas, sons e nomes das letras do alfabeto.
• Pontuação, paragrafação e margem.
Tempo de duração: 5 aulas

Maria Cardoso, Ana Ronilce Ramos Alexandrino Hond, Alzemia S. Velten, Leda Izabel Vitório,
Elainy Zavarize Dala Costa. Conversando sobre: Conversando sobre:

Roda de conversa
Explique para os alunos o que é fábula:
As fábulas são contos tradicionais, transmitidos oralmente, que sempre trazem uma lição de
vida para os leitores. Em muitas fábulas encontramos a presença de animais.
Sugestões de fábulas
A cigarra e a formiga.
O lobo e o burro
O corvo e o jarro
A gansa dos ovos de ouro
O leão e o mosquito
O cão e o osso
A rã e o touro
O ratinho, o gato e o galo
Os viajantes e o urso
O galo e a raposa
1ª aula
A forma gráfica da escrita, citando Cagliari, comporta pelo menos dois tipos: o maiúsculo e o
minúsculo. E a diferença pictórica entre A e a a a a é tão grande quanto a que existe entre um triângulo e um círculo: em vários livros didáticos encontram-se, em uma única página, vários tipos de escrita, sem a menor explicação, como se tudo fosse a mesma coisa.
A direção da escrita implica entender como a língua se organiza, por isso, o estudante faz seus
primeiros registros (garatujas ou movimentos de escrita) sem a preocupação com a direção. É na escola que a convenção é internalizada, no uso de signos lingüísticos da esquerda para a direita e de cima para baixo. (Caderno Pedagógico – SEMEC)
Devem ser proposta atividades de escrita de forma sistemática e diversificada. Nessa fase os alunos poderão produzir textos oralmente e no coletivo da turma (recontos de histórias ouvidas, convites, bilhetes, listas, etc.) tendo o professor como escriba. Ao escrever no quadro, o alfabetizador deve discutir com seus alunos todas as decisões tomadas: relativas às direções e alinhamento da escrita, passando pela própria escrita das palavras, até a construção do gênero textual. Os alunos devem ser incentivados a produzir frases e pequenos textos, cabendo ao professor orientar este processo.
(revista do Educador, 2009 – PAEBES) Atividade de leitura e escrita Atividade de leitura e escrita
No cantinho da leitura:
• Exponha em um cartaz a lista de fábulas (trabalhar a direção da escrita, o espaçamento,
letra maiúscula e minúscula e a leitura dos títulos);
• Disponibilize várias cópias de fábulas para leitura dos alunos;
• Distribua a lista de fábulas para cada aluno para que os mesmos marquem as que já
foram lidas e possam acrescentar outras.
Leitura da fábula: Leitura da fábula:
Apresente o texto que deve estar escrito em letra caixa-alta em papel bobina e afixado na sala.
Faça a leitura apontada do texto, destacando o espaçamento entre as palavras e a direção da
escrita.
O leão e o rato O leão e o rato
Um leão cansado de tanto caçar,
Dormia espichado à sombra de uma boa árvore.
Veio uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos
Um, que o leão prendeu embaixo de sua pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão
Desistiu de esmagá-lo, e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso
Na rede de uns caçadores.
Não conseguia se soltar, e fazia a floresta
Inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso apareceu o ratinho.
Com seus dentes afiados, roeu
As cordas e soltou o leão.
 Moral da história: uma boa ação ganha à outra.
 Fonte: alfabetização- caderno do educador- projeto fundesescola/self-mec, 2007 Apresentando o autor: Apresentando o autor: presentando o autor:
Questione os alunos:
• Por onde eu começo a ler o texto?
• Quando termino de ler uma das linhas do texto, para onde devo dirigir meu olhar para continuar lendo?
• Cada vez que aponto no texto estou lendo uma palavra?
• Observem que as palavras não estão escritas juntas. O que as separa?
• Para quem vocês acham que o autor escreveu este texto?
• Com que intenção ele escreveu esse texto?
• Qual o assunto principal?
• Do que fala esta fábula?
• O que você mais gostou na fábula?
• Se você fosse modificar a fábula o que você faria?
Produção de texto
Organizar os alunos em duplas e solicitar que procedam a reescrita da fábula.
Circular na sala para observar a grafia das palavras e em seguida, solicitar que a dupla pesquise
no dicionário a grafia correta.
2ª aula
Esopo era um lendário autor grego, que teria vivido na antiguiade, ao qual se atribui a paternidade da fábula como gênero literário. As Fábulas de Esopo serviram como base para recriações de outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.
Esopo teria sido um escravo, libertado pelo seu dono, que ficou encantado com suas fábulas. Ao que tudo indica, viajou pelo mundo antigo e conheceu o Egito, a Babilonia e o Oriente.
Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, de carácter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais. Na Atenas do século V a.C., essas fábulas eram conhecidas e apreciadas.
As fábulas que lhe são atribuídas sugerem normas de conduta que são exemplificadas pela ação dos animais (mas também de homens, deuses e mesmo coisas inanimadas).
Esopo partia da cultura popular para compor seus escritos. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. A intenção de Esopo, em suas fábulas, era mostrar como os seres humanos podiam agir, para bem ou para mal.As fábulas de Esopo faziam parte da tradição oral dos gregos, por isso não foram escritas pelo seu suposto autor. Mais de duzentos anos depois da suposta morte de Esopo é que as fábulas foram reunidas e escritas. Reapresentar o cartaz com a fábula O leão e o rato e realizar a leitura.
Refletir com os alunos:
• A moral da fábula: uma boa ação ganha à outra. O que podemos entender dessa
afirmação? Registre a conclusão da turma e peça que os alunos o escrevam no caderno.
Atividade coletiva
Elabore com a turma uma lista com nomes de animais e registre no quadro. Peça para os
alunos copiarem a lista elaborada e circularem os nomes que aparecem na fábula.
PATO CACHORRO
RAPOSA RINOCERONTE RAPOSA RINOCERONTE 
LEBRE LEÃO LEBRE LEÃO
COBRA GATO COBRA GATO
RATO GIRAFA RATO GIRAFA
Atividade em grupo
Com o alfabeto móvel peça para montarem as palavras.
Entregue cópias aos alunos da atividade abaixo.
Numere as frases de acordo com os acontecimentos da fábula:
 O leão deixou que o ratinho fosse embora.
 O ratinho roeu a corda e soltou o leão.
 O leão acordou com os ratinhos em cima dele.
 O leão prendeu um ratinho com sua pata.
 A rede dos caçadores prendeu o leão.
 O leão dormia espichado à sombra de uma árvore.

Caça----palavras: palavras:
Ambiente alfabetizador: fazer da sala de aula um  Ambiente alfabetizador: paço em que ricos estímulos de aprendizagem estejam sempre presentes. É um ambiente que promove um conjunto de situações de uso real de leitura e de escrita. Um ambiente alfabetizador é aquele que tem diferentes tipos de textos que são consultados frequentemente, com diferentes funções sociais. Devem ser substituídos de acordo com sua funcionalidade, além de estarem ao alcance do grupo.
Atividades significativas: para uma alfabetização d Atividades significativas e qualidade é necessário propor atividades de leitura e escrita que fazem sentido para as crianças, contextualizada e de acordo com a realidade social dos educandos.
Autoestima: o trabalho de autoestima dos educandos Autoestima é outro fator relevante em qualquer aprendizagem.
as mediações, as intervenções e atividades necessárias para se obter sucesso no processo de
alfabetização e o resultado será bastante compensador.
Encontre e escreva as palavras: LEÃO, RATO, CAÇADORES, DENTE, PATA, FLORESTA,
ÁRVORE, REDE, RATINHO.
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C A Ç A D O R E S B U
X P U L E Ã O Q A T B
I O P U N R E D E X O
G I P A T A D R S G I
F L O R E S T A B O J
Á R V O R E U T D C I
H R A T I N H O E V J

 Atividade de casa
Peça para os alunos conversarem em casa com a família sobre a fábula O leão e o rato e o que
ela ensina. Registre no caderno o que foi conversado com a família.
Fazer por escrito pesquisa com a família: qual fábula eles conhecem e o que ensina essa
fábula?
Roda de conversa Roda de conversa
Socializar a pesquisa feita em casa.
No papel bobina peça para os alunos colarem as figuras dos bichos junto com a pesquisa das
fábulas e afixe na parede da sala de aula ou no corredor da escola.
Atividade de leitura: Atividade de leitura:
Apresentação da fábula A cigarra e a formiga
3ª aula
Apresentado o autor:  
Jean de La Fontaine foi um poeta e fabulista francês.
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.
Questione os alunos:
• O que a cigarra fez durante o verão? E a formiga?
• O que você achou da atitude da formiga com relação à cigarra?
• Para quem vocês acham que o autor escreveu este texto?
• Com que intenção ele escreveu esse texto?
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com futuro.
Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para a gente aproveitar! O verão é para a gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.
Durante o verão a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo bosque.
Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um belo dia passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.
A cigarra então aconselhou:
- Deixe esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada.
Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou veio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminada a vidinha boa da formiga.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência e comentou:
- Hum! O inverno ainda está longe querida!
Para a cigarra o que importa era aproveitar a vida e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra:
- No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra seu dever: toque e cante para todas nós.
Para cigarra e para as formigas, aquele foi o inverno mais feliz de suas vidas.
Adaptado da obra de La Fontaine
• Qual o assunto principal?
• Do que fala esta fábula?
• O que você observou nela?

Atividade de grupo
1) Após a leitura do texto, separar os alunos em pequenos grupos. Nestes grupos os
estudantes devem indicar uma relação de palavras que caracterizam as personagens cigarra e
formiga.
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Atividade integrada com o professor de Arte. Atividade integrada com o professor de Arte. dade integrada com o professor de Arte.
 Confeccionar máscaras dos personagens da fábula A cigarra e a formiga com os alunos.
 Realizar uma dramatização da fábula com os alunos.
Muitos são contra a formiga por ter procedido assim. Mas La Fontaine certamente explicaria que esse defeito é pequeno em face das virtudes, pois é trabalhadeira, diligente e precavida. Já o não foi a cigarra, que nada fez para garantir os dias futuros e lançou mão da mais simples das soluções: pedir emprestado.
A lição de La Fontaine consiste em que devemos cuidar do dia de amanhã, e não contar com
empréstimo para cobrir o que não produzimos. Que cante a cigarra, mas que trabalhe! Essa é a lição. Trabalhando a versão da fábula em forma de poesia: Trabalhando a versão da fábula em forma de poesia:
 A cigarra e a formiga
A cigarra muito faceira
Vivia somente a cantar
Pensando que a vida inteira
Fosse a ela abençoar
A formiga incansável
Pensava só no porvir
Preparava seu arsenal de alimento
Para o inverno que haveria de vir
Um dia as duas se encontraram
E começaram a conversar
A cigarra perguntou a formiga
O porquê de tanto labutar
A formiga respondeu
Na vida há tempo pra tudo
Tu só vives a cantar
Sem se dar conta do mundo.
A cigarra zombeteira
Falou em uma canção
Tu trabalhas a vida inteira
E não sabes o que é diversão.
Tolinhas são vocês
Que só vivem a trabalhar
Não sabem tudo tem a sua hora
Trabalham sem descansar
Enquanto vocês trabalham
Eu curto a vida sorrindo
Não me importando com nada
E você seu trabalho vai carpindo
Cantar faz bem a alma
Cantar alegra o coração
Cantar e tudo que sei
Cantar é para mim uma oração
O inverno chegou com fúria
A formiga tinha para onde ir
A cigarra que cantava morreu de fome e frio
Pois não tinha para onde fugir.
4ª aula
 Afixar o cartaz com a cópia da poesia e ler, em voz alta, apontando as palavras.
 Leitura realizada pelos alunos.
 Agrupar os alunos em duplas, entregar uma cópia da poesia e solicitar que façam a
leitura;
 Conversar com os estudantes sobre versos, estrofes e rimas;
 Pedir que cada dupla leia uma estrofe da poesia;
 Pedir que circulem as palavras que desconhecem o significado;
 Orientar quanto ao uso do dicionário;
 Confeccionar, junto com a turma, um pequeno dicionário da classe
Atividade no Laboratório de Informática ( se houver)
Pesquisar poesias sobre animais.
Digitar as poesias encontradas para montar um livrinho com o resultado da pesquisa realizada
pela turma. Inserir desenhos para ilustrar as poesias.
A cada semana um aluno leva o livrinho para casa para ler com a família.
Atividade de casa Atividade de casa
Pedir que os alunos pesquisem, junto a família, novas poesias para registrar no livrinho.
Roda de conversa Roda de conversa
Conversar com os alunos sobre a pesquisa realizada com a família.
5ª aula
Reler com a turma a fábula A cigarra e a formiga e a poesia trabalhada na aula anterior.
Comparando os textos:
Fábula  Poesia
 Personagens
O que aconteceu no final.


 Atividade em dupla 
Recortar a poesia A cigarra e a formiga em versos e solicitar que, em duplas, os estudantes
montem as estrofes; Peça aos alunos para fazerem uma lista das palavras do texto que rimam (os estudantes devem perceber a relação entre os sons que ouvimos e falamos).
Com o alfabeto móvel montar as palavras do texto que rimam.
 Cabe ao professor:
Realizar atividades de rotina onde o aluno possa produzir e utilizar o alfabeto móvel, refletindo
sobre suas hipóteses de escrita e leitura.
Realizar rotina de leituras diárias: leitura pelo professor, leitura compartilhada (professor e aluno),
leitura coletiva (vinculada ao prazer, à descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida (o aluno utiliza seus conhecimentos para localizar e ler palavras desconhecidas) e leitura individual.
  


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