quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O LIVRO NU

Despir!
Até o último capítulo
Meus olhos brilhavam
As mãos sutilmente suavam
Parecia um rio a desaguar
Numa correnteza de sabedoria
Ao mergulhar no mundo das letras

Balbuciam os lábios
Na escuridão dos olhos meus
Entre a ignorância e o infinito vazio do meu eu

Transborda de o triste olhar
Ao sentir o livro nu
Onde as palavras mudas
Calam-se no ecoar do silêncio meu.

Selma Melo 

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