Alucinações...
Não deixem que eles mim levem
Carreguem a minha triste alma.
Sinto a espada perfurando bem com calma
Adentrando em meu espírito a minha dor.
Sou a caça estraçalhada pelo caçador
Que luta entre feras pela mata
Olhem! Vejam! A fúria da insensata
Enraivecida pelos campos sem temor.
Minhas mãos delas já saem o pudor
Por detrás da rebeldia estragada
Sinto angustia miserável bem palpada
Maltratando com um terrível calor.
Já não tenho consciência do amor
Do que ouço ou do cheiro castigado
Sinto o podre do celeiro estraçalhado
Mofo pútrido de fezes sem horror.
Em meu sangue sinto um grande fervor
Como se tudo quisesse estourar
A minha pele já começa a estragar
Com o gosto que sinto do fedor.
Matem-me depressa por favor
Tirem-me deste mundo traiçoeiro
Não deixem o mal correr ligeiro
Sair de mim como uma corsa em ardor.
O último suspiro é meu condor
Meu coração já parou na eternidade
Não tenho vida em mim só é saudade
Pois o escuro determinou a minha dor.
Alosman Aguiar.
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