quarta-feira, 15 de maio de 2013

O poeta Patativa do Assaré canta a fome e a miséria do povo da caatinga e do agreste, permitindo-lhes sonhar e se encantar.

“De noite tu vives na tua palhoça,

de dia na roça de enxada na mão.

Julgando que Deus é um Pai vingativo,

não vês o motivo da tua pressão.


Tu és nesta vida um fiel penitente,

um pobre inocente no banco do réu.

Caboclo não guarde contigo essa crença,

a tua sentença não parte do Céu”

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