Ministério da Educação é o mais afetado por corte de gastos
Ministério da Educação foi o principal alvo dos cortes de gastos não prioritários anunciados pelo governo
(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
PASTA | Gasto mensal, em milhões | corte, em milhões |
Educação |
R$ 1.173,66
|
R$ 586,83
|
Defesa |
R$ 312,93
|
R$ 156,46
|
Cidades |
R$ 288,85
|
R$ 144,42
|
Desenvolvimento Social |
R$ 279,76
|
R$ 139,88
|
Ciência e Tecnoglogia |
R$ 261,77
|
R$ 130,88
|
Fazenda |
R$ 233,68
|
R$ 116,84
|
Justiça |
R$ 144,1
|
R$ 72,05
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Previdência |
R$ 96,34
|
R$ 48,17
|
Agricultura e Pecuária |
R$ 95,06
|
R$ 47,52
|
Confome o texto do decreto, a execução dessas despesas ficará limitada a 1/18 (um dezoito avos ou 5,55%) da dotação prevista no no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, o que representa um aperto adicional nas contas públicas. Com a aprovação da LDO no final do ano passado pelo Congresso Nacional, mas sem a aprovação do Orçamento propriamente dito, o governo poderia gastar mensalmente 1/12 (8,33%) dos valores previstos no projeto orçamentário para a manutenção da máquina pública.
A expectativa do relator-geral do Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), é que o projeto seja aprovado em plenário no próximo mês, após a volta dos parlamentares do recesso. A avaliação reservada de deputados e senadores é que a matéria vá à votação na semana seguinte ao carnaval, a partir do dia 23 de fevereiro. Depois disso, o governo deve promover um novo contingenciamento de gastos, desta vez sobre o Orçamento aprovado, para tentar cumprir ao fim de 2015 a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Imunes - A maioria das despesas não incluídas no corte provisório (65 de um total de 76) consta de uma lista proibida - por força da Constituição e de leis - de ser alvo de contingenciamento. Entre elas: repasse de recursos para alimentação escolar e manutenção de unidades de ensino; pagamento de benefícios da previdência social; financiamento de programas de desenvolvimento econômico do BNDES; repasses ao Fundo Partidário; pagamento dos serviços da dívida; e transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e fundos constitucionais do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO).
Outras onze despesas livres de restrição orçamentária foram listadas no decreto, como repasse de recursos para financiamento estudantil, bolsas de estudo do CNPq, Capes, residência médica e para atletas do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.
(Com Estadão Conteúdo)
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