Seca, vai embora,
A terra está desgastada por ti, Faz tempo que o sol está vermelho carmim, Os homens se entristecem quando estais por vir.
A natureza chora quando chegas aqui,
A fauna não procria por causa de ti, A flora não floresce por causa de ti, Não entendes que é hora de partir?
Não sei porque insiste tanto assim,
És tão ruim. Ficas distante, sai por aí, Que bom se a chuva passasse por aqui, Sutilmente o verde voltaria aqui.
A alegria dos que vivem aqui,
Permaneceria por mais tempo sim. Vidas adormecidas reapareceriam por aqui. Não iriam embora os que habitam aqui.
Muitas pessoas partiram daqui,
Com certeza não sentem saudades de ti. É imenso o sofrimento dos que resistem aqui. Porém, a esperança os sustentam, enfim.
Geane Oliveira Araújo Cunha
Valente - Bahia |
A caatinga é tinta,
A caatinga é tingida, Quem te pinta? Quem não tem tinta.
Eles têm tinta,
Parecem ficar sem vida, Quando tu ficas sem tinta, E se escondem dentro de ti.
Gostaria de saber
Onde escondes tua tinta. Que segredo é esse misteriosa caatinga? Que tinta te pinta?
Quando sem tinta derrama sobre ti,
Escorre teu líquido sagrado em tuas entranhas famintas, Resgatas tua tinta, tua vida, Ficando assim, toda distinta.
Geane Oliveira Araújo Cunha
Valente - Bahia |
terça-feira, 4 de setembro de 2012
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